Entre a má arquitetura que nos cerca, há muito que possui a qualidade que desejaríamos fosse comum à maioria das construções.
Quero comentar hoje um projeto de autoria do arquiteto paulista Álvaro Puntoni para uma casa de praia em Juquehy, São Paulo. Nesta obra houve uma conjunção favorável entre cliente e arquiteto, que resultou em algo infelizmente raro nos dias de hoje: um projeto adequado e pertinente ao seu propósito, o de ser uma casa de praia. O que se vê nas imagens difere muito do que é comum na maioria dos balneários brasileiros: casas luxuosas, execessivas em tamanho e detalhes (chegou-se a cunhar a expressão “peru no pires” para descrevê-las), com um grau de sofisticação muitas vezes maior do que a residência permanente dos seus proprietários.
Nesta obra há uma naturalidade que faz com que tudo o que é necessário esteja presente: a zona de convívio, dividida entre uma grande sala de estar e uma varanda que percorre toda a extensão da casa, é o centro da casa; os espaços são aconchegantes pelo uso da pedra, da madeira e da cor; o excesso de sol é controlado pelas ripas de madeira colocadas na parte alta da varanda; a casa fecha-se para o exterior, abrindo-se para o terreno, etc.
Há muito que elogiar em um projeto que prima pela falta de afetação, pelo uso sensato de materiais baratos e locais, por ser o oposto da ostentação que já nos acostumamos a esperar.
É reconfortante constatar que a boa arquitetura sobrevive em vários pontos do pais.
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OBS.: Comentários são muito bem vindos e será um prazer respondê-los mas só serão publicados e respondidos aqueles que tiverem autoria (nome + email, por favor). Obrigado.
Quero comentar hoje um projeto de autoria do arquiteto paulista Álvaro Puntoni para uma casa de praia em Juquehy, São Paulo. Nesta obra houve uma conjunção favorável entre cliente e arquiteto, que resultou em algo infelizmente raro nos dias de hoje: um projeto adequado e pertinente ao seu propósito, o de ser uma casa de praia. O que se vê nas imagens difere muito do que é comum na maioria dos balneários brasileiros: casas luxuosas, execessivas em tamanho e detalhes (chegou-se a cunhar a expressão “peru no pires” para descrevê-las), com um grau de sofisticação muitas vezes maior do que a residência permanente dos seus proprietários.
Nesta obra há uma naturalidade que faz com que tudo o que é necessário esteja presente: a zona de convívio, dividida entre uma grande sala de estar e uma varanda que percorre toda a extensão da casa, é o centro da casa; os espaços são aconchegantes pelo uso da pedra, da madeira e da cor; o excesso de sol é controlado pelas ripas de madeira colocadas na parte alta da varanda; a casa fecha-se para o exterior, abrindo-se para o terreno, etc.
Há muito que elogiar em um projeto que prima pela falta de afetação, pelo uso sensato de materiais baratos e locais, por ser o oposto da ostentação que já nos acostumamos a esperar.
É reconfortante constatar que a boa arquitetura sobrevive em vários pontos do pais.
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OBS.: Comentários são muito bem vindos e será um prazer respondê-los mas só serão publicados e respondidos aqueles que tiverem autoria (nome + email, por favor). Obrigado.
10 comentários:
Prezado Professor Mahfuz. Cansado da falta de recursos da minha UFPA, criei um blog para auxiliar minhas aulas de projeto. E lá postei o "Nada provém do nada", digitado, por uma aluna voluntária, da Revista Projeto. Está em http://fauufpaprojeto.blogspot.com/
Caso haja algum problema, posso retirá-lo.
Um abraço.
Bassalo
caro bassalo,
é um prazer estar no teu blog. quando a coisa é bem feita, como é o teu caso, com créditos e tudo o mais, não há nenhum problema.
só poderias ter poupado a tua estagiária me pedindo o texto já digitado...
parabéns pela iniciativa do blog como apoio didático.
mahfuz
Prezado Prof. Mahfuz. Obrigado pela permissão. Os alunos serão os maiores beneficiados. Fiz, também, um link do seu nome com o Currículo Lattes, para os que quiserem saber mais de quem se trata. Incluí, ainda, o "falando" na lista de blogs. Quanto à digitação, quem mais gostou foi a voluntária, pois, certamente, leu o texto com mais cuidado que os outros. Se o senhor possuir uma versão com as imagens, seria interessante. Caso não possua, em breve vou postá-las, assim que achar a revista original no meu arquivo.
Grande abraço e obrigado mais uma vez pela colaboração. Não deixe de incluir a nossa Belém em seu roteiro de viagens.
bassalo,
tens toda razão. recentemente traduzi o livro Teoria do Projeto (recomendo) de Helio Piñón e aprendi muito durante o trabalho.
sobre as ilustrações, talvez possa te enviar a maioria por email. por favor, me informa o teu endereço para eu providenciar isso.
abraço.
Prof. Mahfuz, acabo de comprar o livro do Piñon. Obrigado pela recomendação. Meu e-mail é jbassalo@meiadoisnove.com.br ou jbassalo@amazon.com.br . Assim que receber as imagens, insiro no texto. As que não achares, vou escanear da revista.
Com relação à obra do Puntoni, também gosto do trabalho dele.
Qualquer dia acessa http://meiadoisnove.blogspot.com ou www.meiadoisnove.com.br . Parte do nosso trabalho está lá.
Grande abraço.
Bassalo
Oi, Edson. Tudo bem? Aqui é o Daniel, amigo do Pedro e do Francisco. Vez que outra dou uma surfada atrás de outros blogs pra nao ficar bitolado lendo sempre a mesma coisa. Esse final de semana dei uma olhada aqui e gostei bastante dessa abordagem para os usuários. Muito legal.
Ah, lembrei de ti hoje, lendo esse post que achei bem interessante: http://blog.futurelab.net/2007/10/serious_games_set_in_your_favo.html
Abraco,
Daniel
oi daniel,
obrigado pela visita e um abração para ti.
legal a dica do link. o assunto não me é estranho pois também uso o software que é usado para fazer aquels edifícios e uso bastante o google earth e a 3D Warehouse nos meus trabalhos.
volte sempre!
Obrigado pela acolhida, Edson! Como agora trabalho com games aqui na Islandia acabo me interesando muito por outros usos do mundo virtual.
Seguimos em contato.
Um forte abraco,
Daniel
Gostaria de ver a planta baixa desta casa.
vilson,
a planta está em:
http://www.gruposp.arq.br/ --> habitacional --> casa no sertão de juquehy
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