Decidi criar este blog ao me dar conta de que, exatamente numa época em que a arquitetura está presente em todos os meios de comunicação, a qualidade da produção que nos cerca é cada vez pior e o entendimento que os usuários têm dela é difuso, incompleto e equivocado.
Estou certo de que uma das razões de não haver uma consciência maior do que é realmente a arquitetura, do seu papel na cidade e na vida das pessoas, das suas relações com a cultura em geral, entre outros aspectos, é o modo superficial como é tratada nos jornais, revistas populares e programas de televisão.
Sendo bem claro: a arquitetura tem sido “vendida” em público de modo amadorista, superficial e às vezes mal intencionado, com péssimos resultados para a profissão e para a sociedade que a utiliza como o suporte físico da sua vida.
O entendimento incompleto e equivocado da arquitetura conspira contra os próprios usuários, que acabam por não se dar conta das possibilidades ao seu dispor, ficando limitados ao medíocre cardápio oferecido pelos meios de comunicação os quais, não obstante a sua desinformação, são formadores de opinião.
Ao longo do tempo em que estou na profissão, tenho lamentado que tão poucos se beneficiem do que a arquitetura tem a oferecer. E não estou falando dos desprovidos apenas: mesmo aqueles que podem comprar imóveis e contratar arquitetos nem sempre escapam de receber “gato por lebre”.
O que pretendo aqui é discutir assuntos relativos à arquitetura do ponto de vista dos usuários, tentando, talvez imodestamente, abrir os olhos dos leigos para o muito que a arquitetura e os arquitetos têm a oferecer. Não apenas pretendo incluir reflexões sobre temas que me pareçam relevantes para um público não especializado como também comentar obras de arquitetura e urbanismo, tentando apontar qualidades e problemas (por que não) que não sejam evidentes a olhos destreinados.
Colaborem, opinem, divulguem mas, sobretudo, aproveitam e se divirtam.
Espero que possam tirar algum proveito deste blog.
Estou certo de que uma das razões de não haver uma consciência maior do que é realmente a arquitetura, do seu papel na cidade e na vida das pessoas, das suas relações com a cultura em geral, entre outros aspectos, é o modo superficial como é tratada nos jornais, revistas populares e programas de televisão.
Sendo bem claro: a arquitetura tem sido “vendida” em público de modo amadorista, superficial e às vezes mal intencionado, com péssimos resultados para a profissão e para a sociedade que a utiliza como o suporte físico da sua vida.
O entendimento incompleto e equivocado da arquitetura conspira contra os próprios usuários, que acabam por não se dar conta das possibilidades ao seu dispor, ficando limitados ao medíocre cardápio oferecido pelos meios de comunicação os quais, não obstante a sua desinformação, são formadores de opinião.
Ao longo do tempo em que estou na profissão, tenho lamentado que tão poucos se beneficiem do que a arquitetura tem a oferecer. E não estou falando dos desprovidos apenas: mesmo aqueles que podem comprar imóveis e contratar arquitetos nem sempre escapam de receber “gato por lebre”.
O que pretendo aqui é discutir assuntos relativos à arquitetura do ponto de vista dos usuários, tentando, talvez imodestamente, abrir os olhos dos leigos para o muito que a arquitetura e os arquitetos têm a oferecer. Não apenas pretendo incluir reflexões sobre temas que me pareçam relevantes para um público não especializado como também comentar obras de arquitetura e urbanismo, tentando apontar qualidades e problemas (por que não) que não sejam evidentes a olhos destreinados.
Colaborem, opinem, divulguem mas, sobretudo, aproveitam e se divirtam.
Espero que possam tirar algum proveito deste blog.
6 comentários:
olá edson, vem em boa hora, este teu blog, para discutir a cidade enquanto há tempo
Como tu encaixas alguem como Gaudi nessa definicao? Entendo que o uso de estruturas dele era revolucionario (e esse e' claramente um problema a ser resolvido), mas os aspectos externos dos projetos dele nao poderiam ser simplesmente considerados serem de uma forma "inusitada e complicada"? -Francisco
Boa pergunta! No caso do Gaudi a forma era inusitada mas não arbitrária nem "caprichosa", resultava da solução de problemas técnicos. Inclusive os bancos do Parque Guell (aquela linha sinuosa revestida com mosaico), de aparência tão artesanal, foram feitos com peças pré-fabricadas de concreto! Ou seja, as formas do Gaudi são complexas, ao invés de complicadas.
Parabéns por essa iniciativa em favor da arquitetura. Acho que nossa profissão deve ser valorizada, não apenas financeiramente como tanto se fala, mas profissionalmente. Entendo-se o papel do arquiteto e o seu potencial, o cliente poderá ter, realmente, um produto de qualidade. A valorização financeira será uma conseqüência da volorização profissional.
Abraço e continua nessa empleitada.
Caro professor Mahfuz,infelizmente penso que todo o nosso problem é o despreparo com que enfrentamos o mercado de trabalho.
Nenhum arquiteto deveria entrar só, no mercado.
Antes deveria fazer uma "residência"em escritório credenciado junto às universidades.
A pressão dos investidores é algo que os arquitetos não estão preparados para enfrentar e frente a qual não conseguem se impor.
Gostaria de saber também sua opinião sobre como deveria ser a publicação de artigos de arquitetura para leigos ,visto que comecei a dar consultoria técnica para um caderno quinzenal deste tipo e poderia interferir na linha editorial.
Excelente a idéia do blog.
vania,
pelo que entendi, também és arquiteta.
concordo com um período de "residência" antes da habilitação completa: é o que fazem na europa e nos eua. com o número excessivo de escolas que temos e uma multidão de arquitetos se formando anualmente, não dá mais para garantir um mínimo de qualidade só com o título.
penso que os artigos deveriam ser escritos por arquitetos (em linguagem simples, sem floreios teóricos) variando entre reflexões gerais e apresentação comentada de bons projetos, com o propósito de permitir a formação de um repertório por parte do leigo. nada contra jornalistas, mas eles não são do ramo e tendem a ficar na superficialidade dos assuntos, o que não contribui para divulgar a boa arquitetura.
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